Pra desabafar, pra escrever, pra focar toda loucura que minha vida está.

Você ama, ama e ama, morre amores pelo fulano, e a cada partida dele (sim, pq ele vai e volta do país sempre, devido ao serviço) seu coração se aperta tanto que a impressão é que a qualquer momento vai explodir, e mau pode esperar pela volta, pelo reencontro, por estarem juntos novamente.

Após anos de casamento você percebe que sempre que ele está para voltar uma fulaninha liga na sua casa, invade o seu território e pede para falar com o senhor “X”, você acha estranho, mas não consegue pensar em nada além do reencontro que está prestes a acontecer.

Pois bem, ele está para voltar, ela liga, e sem maiores detalhes você acaba descobrindo que ele tem outra.

Como assim, outra?

E o amor que ele diz sentir, e o amor gostoso que a gente faz quando ele volta, como assim?

Saber disso doeu, corroeu meu coração, e a dor era tão grande que eu sentia na carne.
Eu quis matar, matar ele, matar ela, me matar, voltar e matar os dois de novo.

Como mulher me senti trocada, diminuída, humilhada, mas êpa, eu?
Eu sou inteligente, sou formada, sou bonita, tenho uma bunda redondinha e um sorriso muito verdadeiro.
Sou de bem com a vida e não será isso que me levará ao fundo do poço.

Se eu amo esse filho da puta?
Amo, amo até o último fio de cabelo.
Amo o cheiro, amo o toque, amo a presença, amo as mãos, amo como ele me pega, amo como ele faz amor comigo, amo o jeito como ele me olha, amo, simplesmente amo.

Se irei deixá-lo ?
Acho que não, deixa rolar, afinal, pode acontecer de um cara legal me pegar uma bebida e no final da noite nós irmos além, pode acontecer de um amigo me chamar pra sair e acabar tudo na cama, podem acontecer tantas coisas.

Porém, se antes, eu totalmente compromissada com meu trabalho (que eu amo) passava noites lendo pra aprender mais, pesquisando pra ajudar pacientes ... vou relaxar um pouco e mostrar pra mim mesma que ainda sou muito desejável, e que quem tem a perder é ele.

Eu nunca fui de escrever pra ninguém além de mim, no máximo faço receituários para meus pacientes e só.
Mas ultimamente tenho sentido essa necessidade, em escrever um pouco sobre a minha vida, desabafar, me encontrar, dar um jeito nas coisas, enfim, não sei.
Sei que preciso pensar na vida que ando levando, e quem sabe aqui, eu encontre as respostas que preciso... vai saber, né?